A angústia
A insegurança pessoal, decorrente de vários fatores psicológicos,
gera instabilidade de comportamento, facultando altas cargas de
ansiedade e de medo.
Sentindo-se incapaz de alcançar as metas a que se propõe, o indivíduo
transita entre emoções em desconserto, refugiando-se em fenômenos de
angústia, como efeito da impossibilidade de controlar os acontecimentos
da sua vida.
Enquanto transite nos primeiros níveis de consciência, a carência de
lucidez dos objetivos essenciais da vida levá-lo-á a incertezas,
porqüanto, as suas, serão as buscas dos prazeres, das aspirações
egoístas, das promoções da personalidade, sentindo-se fracassado
quando não alcança esses patamares transitórios, equivocados, em
relação à felicidade.
Aprisionando-se em errôneos conceitos sobre a plenificação do eu, que
confunde com as ambições do ego, pensa que ter é de relevante
importância, deixando de ser iluminado, portanto, superior aos
condicionamentos e pressões perturbadoras.
A angústia, como efeito de frustração, é semelhante a densa carga
tóxica que se aspira lentamente, envenenando-se de tristeza
injustificável, que termina, às vezes, como fuga espetacular pelo
mecanismo da morte anelada, ou simplesmente ocorrida por efeito do
desejo de desaparecer, para acabar com o sofrimento.
Normalmente, nos casos de angústia cultivada, estão em jogo os
mecanismos masoquistas que, facultando o prazer pela dor, intentam
inverter a ordem dos fenômenos psicológicos, mantendo o estado
perturbador que, no paciente, assume características de normalidade.
O recurso para a superação dos estados de angústia, quando não têm
um fator psicótico, é a conquista da autoconfiança, delineamento de
valores reais e esforço por adquiri-los ou recorrendo ao auxílio de um
profissional competente.
As ocorrências de insucesso devem ser avaliadas como treinamento para
outras experiências, recurso-desafio para o crescimento intelectual,
aprendizagem de novos métodos de realizações humanas.
Exercícios de autocontrole, de reflexões otimistas, de ações
enobrecedoras, funcionam como terapia libertadora da angústia, que deve
ser banida dos sentimentos e do pensamento.
Enquanto o discípulo do Evangelho laborava em
dificuldade sob o peso de problemas de variada denominação, amargando
enfermidade e dor, afervorava-se na vivência cristã, em cuja trilha
encontrava segurança para a marcha e sob cujo amparo lenha as feridas do
sentimento estiolado.
Emocionado, deixava-se vencer pelas dúlcidas consolações
a fluírem da Boa Nova, penetrando-se de fervor e desejoso por servir
com abnegação e renuncia.
Planos de auxílio fraterno enfloresciam sua alma e suas
mãos diligentes arregimentavam ações superiores para o exercício da
caridade sem mesclas. Nas jornadas de estudos embaía-se de
responsabilidade e permitia-se comunicar pelas excelentes diretrizes que
se transformavam em roteiro de seguro comportamento.
Jungido à dor possuía a fé.
Paulatinamente modificou-se a paisagem e o discípulo,
graças ao labor abençoado, granjeou amizades eternas, lobrigando
sensibilizar Benfeitores Desencarnados que interferiram junto aos
promotores do progresso humano, modificando, a benefício dele, os mapas
provacionais de modo a que fossem atenuados seus débitos e modificada a
mecânica da sua luta, objetivando-se mais amplo campo de serviço a bem
do próximo.
A saúde recebeu mais expressiva carga de energia
positiva, foram tomadas providências no metabolismo orgânico e, a breve
tempo, os equipamentos físicos e psíquicos apresentaram-se saudáveis,
aquinhoados pela harmonia. Sorriam êxitos e abundavam lucros.
Insensivelmente o discípulo modificou as expressões
íntimas do comportamento – Dominado pelos compromissos novos afastou-se
da charrua da caridade, tornando-se onzenário, e como o tempo lhe
representasse patrimônio monetário que poderia conseguir fez-se faltoso,
sob justificativas superficiais até que abandonou em definitivo o labor
a que se encontrava ligado por novos deveres a que se submeteu
docilmente -
Pela memória, às vezes recordava os dias idos experimentando, é verdade, inusitada nostalgia.
A volúpia dos valores novos, a ambição desmedida, a
bajulação da leviandade e o aplauso da fatuidade, embora lhe agradassem à
prosápia, não conseguiam preencher-lhe o imenso vazio que vagarosa,
porém, seguramente o dominava, terminando por vencer-lhe as
resistências.
Enriqueceu e conquistou amigos.
O tempo tomou-lhe a saúde e alterou diversas amizades. O
cansaço venceu-lhe a intrepidez e os desenganos terminaram por deixá-lo
só – Quando chegou a desencarnação, encontrou-se de consciência
atormentada, e conquanto portador de expressiva fortuna econômica partiu
da Terra com as mãos vazias.
Amigos e bens não foram além do túmulo, atingiram-lhe
apenas e somente os portais de cinza e lama, antes que êle mesmo se
adentrasse pela Imortalidade…
*
Diante das dificuldades de qualquer denominação, face
aos infortúnios de variada classificação, perante as graves e dolorosas
conjunturas, da existência planetária, sob a constrição de qualquer
enfermidade ou sofrendo transes afetivos sem nome e sem esperança, não
te arrojes ao desespero nem rogues soluções apressadas à Vida -
Tem paciência e sofre confiante.
Tudo passa -
Qualquer situação, como toda a circunstância boa ou má são transitórias pelo caminho da evolução.
Espera e persevera no exercício do bem sem limite,
recuperando o passado de sombras e acendendo luzes de esperanças para o
futuro – Quando menos esperes, descobrirás que as dores se foram, as
lutas cessaram, mas em paz de consciência estarás livre das conjunturas
carnais adejando além das situações dolorosas no rumo da plenitude da
paz interior.
*
“Tudo o que com fé pedirdes em vossas orações, haveis de receber”. Mateus: capítulo 21º, versículo 22.
*
“A fé raciocinada, por se apoiar nos fatos e na lógica,
nenhuma obscuridade deixa. A criatura então crê, porque tem certeza, e
ninguém tem certeza senão porque compreendeu. Eis porque não se dobra.
FÉ INABALÁVEL SÓ É A QUE PODE ENCARAR DE FRENTE A RAZÃO, EM TODAS AS
ÉPOCAS DA HUMANIDADE”. Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo 19º –
Item 7, parágrafo 3.
FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 54.
Um avô e seu neto caminhando pelo quintal, ora se agachando aqui, ora
ali, em animada conversação, não é cena muito comum nos dias atuais.
O garoto, de 4 anos de idade, aprendia a cultivar e a cuidar das plantas
com o exemplo do seu avô, que tinha tempo para o netinho, sempre que
este o visitava.
Era por isso que o pequeno Nícolas acariciava as mudinhas que havia plantado e dizia: Quem planta colhe, né, vovô?
Mas o avô não é habilidoso apenas no cultivo de plantas, é hábil também na arte de cultivar virtudes.
Entre uma conversa e outra, entre a carícia numa flor e uma erva daninha
que arrancava, ele ia cultivando virtudes naquele coração infantil.
Ia ensinando que, para obter frutos saborosos e flores perfumadas, é preciso cuidado, dedicação, atenção e conhecimento.
E que, acima de tudo, é preciso semear, pois sem semeadura não há colheita.
O cuidado do pequeno Nícolas pelas plantas era fruto do ensinamento que recebeu desde pequenino, pois nem sempre foi assim.
Quando começou a engatinhar, suas mãozinhas eram ligeiras para arrancar
tudo o que via pela frente, como qualquer bebê que quer conhecer o mundo
pela raiz…
E, se não tivesse por perto alguém que lhe ensinasse a respeitar a
natureza, talvez até hoje seu comportamento fosse o mesmo, como muitas
crianças da sua idade ou até maiores.
Importante observar que as melhores e mais sólidas lições as crianças
aprendem no dia-a-dia, com os exemplos que observam nos adultos.
É mais pela observação dos atos do que pelos conselhos, que os pequenos vão formando seus caracteres.
Se a criança cresce em meio ao desleixo, ao descuido, às mentiras, ao
desrespeito, vendo os adultos se agredindo mutuamente, ela aprenderá
essas lições.
Assim, se temos a intenção de passar nobres ensinamentos a alguém, se
faz necessário que prestemos muita atenção ao nosso modo de vida, às
nossas ações diárias.
Como todo bom jardineiro, os educadores devem ser bons cultivadores de valores e virtudes.
Devem observar com cuidado as tendências dos filhos e procurar semear, na alma infantil, as sementes das virtudes.
Ao mesmo tempo devem preservá-la das ervas-daninhas, das pragas, da seca e das enchentes. Sem esquecer jamais o adubo do amor.
A alma da criança que cresce sem esses cuidados básicos, por parte dos
adultos, geralmente se torna campo tomado pelas ervas más dos vícios de
toda ordem.
E, de todas as ervas más, as mais perigosas são o orgulho e o egoísmo, pois são as que dão origem às demais.
Por isso a importância dos cuidados desde cedo. E para se ter êxito
nessa missão de jardineiro de almas, é preciso atenção, dedicação,
persistência, determinação.
O campo espiritual exige sempre o empenho do amor do jardineiro para que possa produzir bons resultados.
E o empenho do amor muitas vezes exige alta dose de renúncia e de
coragem. Coragem de renunciar aos próprios vícios para dar exemplos
dignos de serem seguidos.
Os jardins da alma infantil são férteis e receptivos aos ensinamentos que percebem nas ações dos adultos.
Por essa razão, vale a pena dedicar tempo no cultivo das virtudes, antes
que as sementes de ervas-daninhas sejam ali jogadas, nasçam e abafem a
boa semente.
* * *
Para que você seja um bom cultivador de almas é preciso que tenha, na sua sementeira interior, as mudinhas das virtudes.
Somente quem possui pode oferecer. Somente quem planta pode colher.
Pense nisso, e seja um cultivador de virtudes.
A angústia
A insegurança pessoal, decorrente de vários fatores psicológicos,
gera instabilidade de comportamento, facultando altas cargas de
ansiedade e de medo.
Sentindo-se incapaz de alcançar as metas a que se propõe, o indivíduo
transita entre emoções em desconserto, refugiando-se em fenômenos de
angústia, como efeito da impossibilidade de controlar os acontecimentos
da sua vida.
Enquanto transite nos primeiros níveis de consciência, a carência de
lucidez dos objetivos essenciais da vida levá-lo-á a incertezas,
porqüanto, as suas, serão as buscas dos prazeres, das aspirações
egoístas, das promoções da personalidade, sentindo-se fracassado
quando não alcança esses patamares transitórios, equivocados, em
relação à felicidade.
Aprisionando-se em errôneos conceitos sobre a plenificação do eu, que
confunde com as ambições do ego, pensa que ter é de relevante
importância, deixando de ser iluminado, portanto, superior aos
condicionamentos e pressões perturbadoras.
A angústia, como efeito de frustração, é semelhante a densa carga
tóxica que se aspira lentamente, envenenando-se de tristeza
injustificável, que termina, às vezes, como fuga espetacular pelo
mecanismo da morte anelada, ou simplesmente ocorrida por efeito do
desejo de desaparecer, para acabar com o sofrimento.
Normalmente, nos casos de angústia cultivada, estão em jogo os
mecanismos masoquistas que, facultando o prazer pela dor, intentam
inverter a ordem dos fenômenos psicológicos, mantendo o estado
perturbador que, no paciente, assume características de normalidade.
O recurso para a superação dos estados de angústia, quando não têm
um fator psicótico, é a conquista da autoconfiança, delineamento de
valores reais e esforço por adquiri-los ou recorrendo ao auxílio de um
profissional competente.
As ocorrências de insucesso devem ser avaliadas como treinamento para
outras experiências, recurso-desafio para o crescimento intelectual,
aprendizagem de novos métodos de realizações humanas.
Exercícios de autocontrole, de reflexões otimistas, de ações
enobrecedoras, funcionam como terapia libertadora da angústia, que deve
ser banida dos sentimentos e do pensamento.
Enquanto o discípulo do Evangelho laborava em
dificuldade sob o peso de problemas de variada denominação, amargando
enfermidade e dor, afervorava-se na vivência cristã, em cuja trilha
encontrava segurança para a marcha e sob cujo amparo lenha as feridas do
sentimento estiolado.
Emocionado, deixava-se vencer pelas dúlcidas consolações
a fluírem da Boa Nova, penetrando-se de fervor e desejoso por servir
com abnegação e renuncia.
Planos de auxílio fraterno enfloresciam sua alma e suas
mãos diligentes arregimentavam ações superiores para o exercício da
caridade sem mesclas. Nas jornadas de estudos embaía-se de
responsabilidade e permitia-se comunicar pelas excelentes diretrizes que
se transformavam em roteiro de seguro comportamento.
Jungido à dor possuía a fé.
Paulatinamente modificou-se a paisagem e o discípulo,
graças ao labor abençoado, granjeou amizades eternas, lobrigando
sensibilizar Benfeitores Desencarnados que interferiram junto aos
promotores do progresso humano, modificando, a benefício dele, os mapas
provacionais de modo a que fossem atenuados seus débitos e modificada a
mecânica da sua luta, objetivando-se mais amplo campo de serviço a bem
do próximo.
A saúde recebeu mais expressiva carga de energia
positiva, foram tomadas providências no metabolismo orgânico e, a breve
tempo, os equipamentos físicos e psíquicos apresentaram-se saudáveis,
aquinhoados pela harmonia. Sorriam êxitos e abundavam lucros.
Insensivelmente o discípulo modificou as expressões
íntimas do comportamento – Dominado pelos compromissos novos afastou-se
da charrua da caridade, tornando-se onzenário, e como o tempo lhe
representasse patrimônio monetário que poderia conseguir fez-se faltoso,
sob justificativas superficiais até que abandonou em definitivo o labor
a que se encontrava ligado por novos deveres a que se submeteu
docilmente -
Pela memória, às vezes recordava os dias idos experimentando, é verdade, inusitada nostalgia.
A volúpia dos valores novos, a ambição desmedida, a
bajulação da leviandade e o aplauso da fatuidade, embora lhe agradassem à
prosápia, não conseguiam preencher-lhe o imenso vazio que vagarosa,
porém, seguramente o dominava, terminando por vencer-lhe as
resistências.
Enriqueceu e conquistou amigos.
O tempo tomou-lhe a saúde e alterou diversas amizades. O
cansaço venceu-lhe a intrepidez e os desenganos terminaram por deixá-lo
só – Quando chegou a desencarnação, encontrou-se de consciência
atormentada, e conquanto portador de expressiva fortuna econômica partiu
da Terra com as mãos vazias.
Amigos e bens não foram além do túmulo, atingiram-lhe
apenas e somente os portais de cinza e lama, antes que êle mesmo se
adentrasse pela Imortalidade…
*
Diante das dificuldades de qualquer denominação, face
aos infortúnios de variada classificação, perante as graves e dolorosas
conjunturas, da existência planetária, sob a constrição de qualquer
enfermidade ou sofrendo transes afetivos sem nome e sem esperança, não
te arrojes ao desespero nem rogues soluções apressadas à Vida -
Tem paciência e sofre confiante.
Tudo passa -
Qualquer situação, como toda a circunstância boa ou má são transitórias pelo caminho da evolução.
Espera e persevera no exercício do bem sem limite,
recuperando o passado de sombras e acendendo luzes de esperanças para o
futuro – Quando menos esperes, descobrirás que as dores se foram, as
lutas cessaram, mas em paz de consciência estarás livre das conjunturas
carnais adejando além das situações dolorosas no rumo da plenitude da
paz interior.
*
“Tudo o que com fé pedirdes em vossas orações, haveis de receber”. Mateus: capítulo 21º, versículo 22.
*
“A fé raciocinada, por se apoiar nos fatos e na lógica,
nenhuma obscuridade deixa. A criatura então crê, porque tem certeza, e
ninguém tem certeza senão porque compreendeu. Eis porque não se dobra.
FÉ INABALÁVEL SÓ É A QUE PODE ENCARAR DE FRENTE A RAZÃO, EM TODAS AS
ÉPOCAS DA HUMANIDADE”. Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo 19º –
Item 7, parágrafo 3.
FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 54.
Um avô e seu neto caminhando pelo quintal, ora se agachando aqui, ora
ali, em animada conversação, não é cena muito comum nos dias atuais.
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