Um moço de boas maneiras, incapaz de ofender os
que lhe buscavam o concurso amigo, sempre meditava na Vontade de Deus, disposto
a cumpri-la.
Certa vez, muito preocupado com o horário, aproximou-se de um pequeno ônibus, com a intenção de aproveitá-lo para a travessia de extenso trecho da cidade em que morava, mas, no momento exato em que o ia fazer, surgiu-lhe à frente um vizinho, que lhe prendeu a atenção para longa conversa.
Certa vez, muito preocupado com o horário, aproximou-se de um pequeno ônibus, com a intenção de aproveitá-lo para a travessia de extenso trecho da cidade em que morava, mas, no momento exato em que o ia fazer, surgiu-lhe à frente um vizinho, que lhe prendeu a atenção para longa conversa.
O rapaz consultava o relógio, de segundo a
segundo, deixando perceber a pressa que o levava a movimentar-se rápido, mas o
amigo, segurando-lhe o braço, parecia desvelar-se em transmitir-lhe todas as
minudências de um caso absolutamente sem importância.
Contrafeito com a insistência da conversação
aborrecida e inútil, o jovem ouvia o companheiro, por espírito de gentileza,
quando o veículo largou sem ele.
Daí a alguns minutos, porém, correu inquietante a
notícia.
A máquina estava sendo guiada por um condutor
embriagado e precipitara-se num despenhadeiro, espatifando-se.
Ouvindo com paciência uma palestra incômoda, o
moço fora salvo de triste desastre.
O jovem refletiu sobre a ocorrência e chegou à
conclusão de que, muitas vezes, a Vontade Divina se manifesta, em nosso favor,
nas pequenas contrariedades do caminho, ajudando-nos a cumprir nossos mais
simples deveres, e passou a considerar, com mais respeito e atenção, as
circunstâncias inesperadas que nos surgem à frente, na esfera dos nossos
deveres de cada dia.
* * *Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso.
Ditado pelo Espírito Meimei.
19a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.
No entanto, raros de nós se acautelam contra o inimigo que se nos instala no próprio ser, sob os nomes de canseira, nervosismo, angústia ou preocupação.
Asseguramos a tranqüilidade dos que nos cercam, multiplicando recursos de segurança e higiene, no plano exterior, e, simultaneamente, acumulamos nuvens de pensamentos obsessivos que terminam suscitando pesadelos dentro de casa.
Muitas vezes, desapontados conosco mesmos, à face dos estragos estabelecidos por nossa invigilância, recorremos a tranquilizantes diversos, tentando situar a impulsividade que nos é própria no quadro das moléstias nervosas, no pressuposto de inocentar-nos.
Sem dúvidas não podemos subestimar o poder da mente sobre o campo físico em que se apóia. Se acalentarmos a irritação sistemática, é natural que os choques do espírito atrabiliário alcancem corpo sensível, descerrando brechas à enfermidade.
Nesse caso, é preciso rogar por socorro ao remédio. Ainda assim, é imperioso nos decidamos ao difícil entendimento do autodomínio.
No que concerne a temperamento, é possível receber as melhores instruções e receitas de calma; entretanto, em última análise, a providência decisiva pertence a nós mesmos.
Ninguém consegue penetrar nos redutos de nossa alma, a fim de guarnece-la com barricadas e trancas.
Queiramos ou não, somos senhores de nosso reino mental. Por muito nos achemos hoje encarcerados, do ponto de vista de superfície, nas conseqüências do passado, pelas ações infelizes em nossa estrada de ontem, somos livres, na esfera íntima, para controlar e educar o nosso modo de ser. Não nos esqueçamos de que fomos colocados, no campo da vida, com o objetivo supremo de nosso rendimento máximo para o bem comum.
Saibamos enfrentar os nossos problemas como sejam e como venham, opondo-lhes as faculdades de trabalho e de estudo que somos portadores. Nem explosão pelas tempestades magnéticas da cólera e nem fuga pela tangente do desculpismo.
Conter-nos. Governar-nos. Aqui e além, estamos chamados a conviver com os outros, mas viveremos em nós estruturando os próprios destinos, na pauta de nossa vontade, porque a vida, em nome de Deus, criou em cada um de nós um mundo por si.
(Do livro “Encontro Marcado”, pelo Espírito Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)
“Porque todos buscam o que é seu e
não o que é do Cristo Jesus.” – Paulo.
(Filipenses, 2:21)
Em verdade, estudamos com o Cristo a ciência divina de ligação com o Pai, mas
ainda nos achamos muito distantes da genuína comunhão com os interesses
divinos.
Por trás da cortina do “eu”, conservamos lamentável cegueira diante da vida. Examinemos imparcialmente as atitudes que nos são peculiares nos próprios serviços do bem, de que somos cooperadores iniciantes, e observaremos que, mesmo aí, em assuntos de virtude, a nossa percentagem de capricho individual é invariavelmente enorme. A antiga lenda de Narciso permanece viva, em nossos mínimos gestos, em maior ou menor porção. Em tudo ou em toda parte, apaixonamo-nos pela própria imagem. Nos seres mais queridos, habitualmente amamos a nós mesmos, porque, se demonstram pontos de vista diferentes dos nossos, ainda mesmo quando superiores aos princípios que esposamos, instintivamente enfraquecemos a afeição que lhes consagrávamos. Nas obras do bem a que nos devotamos, estimamos, acima de tudo, os métodos e processos que se exteriorizam do nosso modo de ser e de entender, porquanto, se o serviço evolui ou se aperfeiçoa, refletindo o pensamento de outras personalidades acima da nossa, operamos, quase sem perceber, a diminuição do nosso interesse para com os trabalhos iniciados. Aceitamos a colaboração alheia, mas sentimos dificuldade para oferecer o concurso que nos compete. Se nos achamos em posição superior, doamos com alegria uma fortuna ao irmão necessitado que segue conosco em condição de subalternidade, a fim de contemplarmos com volúpia as nossas qualidades nobres no reconhecimento de longo curso a que se sente constrangido, mas raramente concedemos um sorriso de boa-vontade ao companheiro mais abastado ou mais forte, posto pelos Desígnios Divinos à nossa frente. Em todos os passos da luta humana, encontramos a virtude rodeada de vícios e o conhecimento dignificante quase sufocado pelos espinhos da ignorância, porque, infelizmente, cada um de nós, de modo geral, vive à procura do “eu mesmo”. Entretanto, graças à Bondade de Deus, o sofrimento e a morte nos surpreendem, na experiência do corpo e além dela, arrebatando-nos aos vastos continentes da meditação e da humildade, onde aprenderemos, pouco a pouco, a buscar o que pertence a Jesus Cristo, em favor da nossa verdadeira felicidade, dentro da glória de viver.
Emmanuel
extraído do livro “Fonte Viva”-Ítem 101 – Francisco Cândido Xavier |
Não são
os problemas da vida em si que nos agravam a tensão nervosa… São as
questões-satélites que nascem de nossas dificuldades para aceitá-los.
Quantas vezes, pervagamos na
Terra, sofrendo emoções desequilibradas, diante de companheiros queridos que
não desejam, por agora, o nosso modo de ser? E em quantas outras nos
atormentamos inutilmente, perante obstáculos complexos que claramente não nos
será possível liquidar em apenas um dia?
Entretanto, observemos:
- enfermidades aparecerão sempre no mundo, pedindo tratamento e não inconformidade para as melhoras precisas;
- entes amados em luta são telas de rotina, solicitando entendimento e não atitudes condenatórias para alcançarem o reequilíbrio;
- erros nossos e faltas alheias fazem parte do nosso aprendizado na escola da experiência, exigindo calma e não censura para serem retificados;
- tentações são inevitáveis, em todos os sentidos, nos climas de atividade indispensáveis à nossa formação de resistência, reclamando serenidade e não agitação para serem extintas.
- enfermidades aparecerão sempre no mundo, pedindo tratamento e não inconformidade para as melhoras precisas;
- entes amados em luta são telas de rotina, solicitando entendimento e não atitudes condenatórias para alcançarem o reequilíbrio;
- erros nossos e faltas alheias fazem parte do nosso aprendizado na escola da experiência, exigindo calma e não censura para serem retificados;
- tentações são inevitáveis, em todos os sentidos, nos climas de atividade indispensáveis à nossa formação de resistência, reclamando serenidade e não agitação para serem extintas.
Em todas as situações aflitivas,
use a prece como sendo o nosso melhor tranquilizante no campo do espírito.
E quando problemas apareçam, não se deixe arrastar nas labaredas da angústia.
Você pode ficar em paz.
Para isso, basta que você trabalhe e deixe Deus decidir.
E quando problemas apareçam, não se deixe arrastar nas labaredas da angústia.
Você pode ficar em paz.
Para isso, basta que você trabalhe e deixe Deus decidir.
(Do livro “Busca e Acharás”, pelo Espírito
Emmanuel, Francisco Cândido Xavier, edição IDEAL)
NOTA: O link abaixo contém a relação de livros publicados por Chico Xavier e suas respectivas editoras:
http://www.institutoandreluiz.org/chicoxavier_rel_livros.html
NOTA: O link abaixo contém a relação de livros publicados por Chico Xavier e suas respectivas editoras:
http://www.institutoandreluiz.org/chicoxavier_rel_livros.html
Todas as criaturas gozam o tempo
– raras aproveitam-no.
Corre a oportunidade – espalhando bênçãos.
Arrasta-se o homem – estragando as dádivas recebidas.
Corre a oportunidade – espalhando bênçãos.
Arrasta-se o homem – estragando as dádivas recebidas.
Cada dia
é um país – de vinte e quatro províncias.
Cada hora é uma província – de sessenta unidades.
O homem, contudo, é o semeador – que não despertou ainda.
Cada hora é uma província – de sessenta unidades.
O homem, contudo, é o semeador – que não despertou ainda.
Distraído
cultivador, pergunta: – que farei?
E o tempo silencioso responde, com ensejos benditos:
E o tempo silencioso responde, com ensejos benditos:
De servir
– ganhando autoridade.
De obedecer – conquistando o mundo.
De lutar – escalando os céus.
De obedecer – conquistando o mundo.
De lutar – escalando os céus.
O homem,
todavia, – voluntariamente cego.
Roga sempre mais tempo – para zombar da vida,
Roga sempre mais tempo – para zombar da vida,
Porque se
obedece – revolta-se orgulhoso,
Se sofre – injuria e blasfema,
Se chamado a conta – lavra reclamações descabidas.
Se sofre – injuria e blasfema,
Se chamado a conta – lavra reclamações descabidas.
Cientistas
– fogem da verdadeira ciência.
Filósofos – ausentam-se dos próprios ensinos.
Religiosos – negam a religião.
Administradores – retiram-se da responsabilidade.
Médicos – subtraem-se à medicina.
Literatos – furtam-se à divina verdade.
Estadistas – centralizam a dominação.
Servidores do povo – buscam interesses privados.
Lavradores – abandonam a terra.
Trabalhadores – escapam do serviço.
Gozadores temporários – entronizam ilusões.
Filósofos – ausentam-se dos próprios ensinos.
Religiosos – negam a religião.
Administradores – retiram-se da responsabilidade.
Médicos – subtraem-se à medicina.
Literatos – furtam-se à divina verdade.
Estadistas – centralizam a dominação.
Servidores do povo – buscam interesses privados.
Lavradores – abandonam a terra.
Trabalhadores – escapam do serviço.
Gozadores temporários – entronizam ilusões.
Ao invés
de suar no trabalho – apanham borboletas da fantasia
Desfrutam a existência – assassinando-a em si próprios.
Possuem os bens da Terra – acabando possuídos.
Reclamam liberdade – submetendo-se à escravidão.
Desfrutam a existência – assassinando-a em si próprios.
Possuem os bens da Terra – acabando possuídos.
Reclamam liberdade – submetendo-se à escravidão.
Mas
chega, um dia – porque há sempre um dia mais claro que os outros,
Em que a morte surge – reclamando trapos velhos…
Em que a morte surge – reclamando trapos velhos…
O tempo
recolhe, então, apressado – as oportunidades que pareciam sem fim…
E o homem
reconhece – tardiamente preocupado,
Que a Eternidade infinita – pede contas do minuto…
Que a Eternidade infinita – pede contas do minuto…
ANDRÉ
LUIZ
(Do livro “Coletânea do Além”, Francisco C. Xavier – Autores Diversos)
(Do livro “Coletânea do Além”, Francisco C. Xavier – Autores Diversos)
DÚVIDAS
firme seu coração, no desejo sincero de
perseverar até o fim.
Se a mágoa e a calúnia o feriram,
não fique a lamentar-se inutilmente:
gaste seu tempo em trabalhos
construtivos, auxiliando a todos os que
necessitam de seu apoio.
Não se deixe desfalecer pelas dores!
Ao contrário: eleve seu pensamento
confiante, pedindo o socorro do Alto.
Procure dar o mais que puder…
Uma boa palavra…
Um sorriso…
Um gesto de incentivo…
Um pensamento generoso…
E você há de sentir em seu coração a
grande verdade: é muito melhor dar que
receber! Ainda não percebeu isto?
Experimente, então!
Ajude alguém, desinteressadamente, e
observe como lhe virá bater à porta,
com as mãos cheias de alegria,
a maior felicidade que você possa
conhecer em sua vida:
A Felicidade de Dar!
Torres Pastorino
Postado por Dothy
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