sexta-feira, 10 de agosto de 2012

POESIAS CONSCIENCIA NEGRA

Estou postando algumas poesias para a Libertação dos Escravos.
NEGRITUDE
O negro olha o passado,
e não gosta do que vê.
olha o presente e protesta,
contra a imagem da TV.
Se um dia foi escravo,
e apanhou pra valer,
agora está revoltado
pois continua a sofrer.
Se um dia foi sequestrado
de sua terra querida,
hoje sente que é roubado,
de seus direitos da vida.
O branco quer humilhá-lo,
quer que o negro perca a calma.
Já não pode chicoteá-lo,
e chicoteia a sua alma.
Mas o negro não se entrega,
não se engana, não se ilude,
e continua assumindo,
sua bela negritude.
A consciência do negro
atinge a maturidade,
Vem lutando bravamente,
desde o Zumbi dos Palmares.
Sua luta vai em frente,
com coragem e persistência,
E na vida vai provando,
sua enorme competência,
A batalha sem limites,
quer no campo ou na cidade,
é contra o preconceito,
em busca da igualdade.
A consciência do branco,
precisa ser despertada.
Tem que respeitar o negro,
Pois toda a vida é sagrada.
Autor Desconhecido.

BANZO NEGRO
Negro clama liberdade,
Negro clama liberdade,
Negro clama liberdade,
Negro não sabe o que é dor!
Negro não tem alma não,
Assim, dizia o feitor...
Com seu chicote na mão,
Malvado banzo me mata,
Quero a Pátria voltar,
Na minha terra sou livre,
Qual avezinha no ar.
Negro, negrooooooo!
Negro, negrooooooo!

A ESCRAVIDÃO
A escravidão não foi só
o domínio do forte sobre o fraco,
do rico sobre o pobre,
do poderoso sobre o indefeso.

Não foi só
questão de supremacia
de raça,
de cor,
de dinheiro.

Não foi só
expressão de ganância,
de injustiça,
de calculismo,
de desumanidade.

Não foi só
o mais torpe degrau
da cegueira humana,
da pequenez da alma,
da miséria interior.

Foi também
e, primacialmente,
evocando Zumbi,
a certeza de que,
dentre os valores mais caros,
nada suplanta o do anseio
da liberdade!

Autor: Luiz Carlos de Oliveira

A ESCRAVIDÃO

(2ª parte)

A igreja pediu perdão ao escravo!
Mas, para que perdoada seja,
faz-se preciso mais do que isso.
Há que lhe devolver a vida
- levianamente ceifada -
e assumir o compromisso
de que ela será respeitada
- aqui na terra e no além -
e entender, definitivamente,
que o negro, o pobre e o indigente
são gentes também!

Autor: Luiz Carlos de Oliveira

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