sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Projeto Didático O Folclore Brasileiro 2012

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APRESENTAÇÃO

O folclore brasileiro, segundo o Capítulo I da Carta do Folclore Brasileiro, é sinônimo de cultura popular brasileira, e representa a identidade social da comunidade através de suas criações culturais, coletivas ou individuais; é também uma parte essencial da cultura do Brasil em seu todo. Seu estudo sistemático, porém, iniciou somente em meados do século XIX, e levou mais de cem anos para se consolidar no país. A partir da década de 1970 o folclorismo nacional definitivamente se institucionalizou e recebeu conformação conceitual sólida.
A Carta do Folclore Brasileiro é um conjunto de conceitos e recomendações a respeito da proteção, divulgação, documentação e pesquisa do folclore brasileiro, produzido ao longo dos trabalhos do VIII Congresso Brasileiro de Folclore, reunido em Salvador, Bahia, de 12 a 16 de dezembro de 1995, e organizado pela Comissão Nacional de Folclore.
A presente Carta é uma revisão da Carta elaborada durante o I Congresso Brasileiro de Folclore, realizado no Rio de Janeiro, de 22 a 31 de agosto de 1951. A revisão foi necessária a fim de atualizar o estudo e a proteção do folclore nacional em vista dos recentes avanços das Ciências Humanas e Sociais, e levou em conta as Recomendações sobre Salvaguarda do Folclore, emitidas pela UNESCO por ocasião da 25ª Reunião da Conferência Geral, realizada em Paris em 1989 e publicada no Boletim nº 13 da Comissão Nacional de Folclore, de janeiro a abril de 1993.

Sendo composto por contribuições as mais variadas - com destaque para a portuguesa, a negra e a indígena - e tendo raízes imemoriais, o folclore do Brasil é rico e diversificado, sendo hoje objeto de intensificados estudos e recebendo larga divulgação, constituindo, além disso, elemento importante da própria economia do Brasil pela produção e comércio de bens associados e o turismo cultural que fomenta.

 
 PÚBLICO ALVO
Alunos de 1º a 5ºAno do Ensino Fundamental I

TEMA

 CONTEÚDOS DE ENSINO

1º Ano – Personagens folclóricas

- Pesquisa Personagens folclóricas;
- Socialização dos resultados da pesquisa;
- lista de nome dos Personagens folclóricos pesquisados;
- Leitura de textos informativos sobre os Personagens folclóricos, seguindo a ordem das listas;
-Entregar o texto para que a criança identifique o personagem;
- Dobradura dos Personagens folclóricos para montar mural para sala de aula;
- Pintura e colagemutilizando os Personagens folclóricos;
- Álbum seriado dos Personagens folclóricos e textos.

2º Ano – Brincadeiras e Trava-Língua
- Realizar uma pesquisa com os pais ou familiares sobre as brincadeiras folclóricas de seu tempo;
- Realizar entrevistas com funcionários da escola sobre as brincadeiras preferidas de seu tempo de criança;
- Socialização dos dados coletados na pesquisa com os funcionários da escola;
- Construir uma lista dos tipos de brincadeiras mais apontadas na pesquisa;
- Elaborar um gráfico ou tabelacom os dados constante na lista de brincadeira preferidas;
- Apresentare registrar as regras  das brincadeiras, conforme a ordem que aparece na lista;
- Apresentar os trava-linguas através de fichas;
- solicitara leitura e a escrita  dos trava-linguas , no caderno de ditado;
- Dividir os trava – línguas por grupo para estudo e ilustração;
- Promover concurso de trava – línguas entre grupos e ou turmas.

3º Ano – Adivinhase Cantigas de( Rodas, Ninar e parlendas)
- Realizar pesquisa de adivinhasna escola e na família;
- Socialização dos dados coletados na pesquisa e nas entrevistas;
- Listar títulos das cantigas de rodas preferidas;
- Elaborar gráficos e tabelas das cantigas de roda preferidas;
- solicitara leitura e a escrita  da adivinhas, no caderno de ditado;
- solicitara leitura e a escrita  das cantigas de roda ou ninar, no caderno de ditado;

Falta terminar

4º Ano – Lendas e Mitosde cada Região do Brasil.
- Realizar pesquisa sobre lendas e mitos de cada região do Brasil;
- Socialização dos dados coletados na pesquisa e nas entrevistas;
- Listar títulos das lendas e mitos de cada região do Brasil;
- Elaborar gráficos e tabelas das lendas e mitos,  que mais apareceram nas pesquisas;
- Solicitara leitura e a escrita das lendas e dos mitos por região - atividade em grupo;
- Solicitar a reescrita das lendas e dos mitos por região - atividade em grupo;
- Dramatização de uma lenda ou mito;

5º Ano – Folclore eLendas, ou Contos Urbanos Na Região Amazônica.

- Realizar pesquisa sobre lenda ou contos urbanos na escola e na família;
- Socialização dos dados coletados na pesquisa e nas entrevistas;
- Listar os títulos das lendas ou contos urbanos mais assustadores;
- Solicitara leitura e a escrita  de uma lenda urbana;
- Solicitar a reescrita da lenda urbana - atividade em grupo;
- Criar um mural com lendas, utilizando imagens e letras que passe a ideia de terror.


MÍDIAS DISPONÍVEIS PARA INTEGRAR

- TV, vídeo, rádio, Internet, o Livro Didático, Paradidáticos.

 OBJETIVOS:
Estudar a como se deu a formação cultural do Brasil;
- Verificar que a cultura popular brasileira é composta por uma miscigenação;
- Conhecer a origem e o preparo de pratos típicos da cozinha brasileira;
valorizar o significado e a origem das manifestações populares brasileiras;
- Estudas quais os elementos que compõe o folclore brasileiro;
- Conhecer os personagens folclóricos brasileiros;

 METODOLOGIA

O Projeto será realizado por meio de:
- Aulas expositivas;
- Leitura e interpretação de Textos Variados;
- Utilização de recursos didáticos diversos
- Estimulação de debates e discussões sobre as diferenças socioeconômicas e culturais entre negros e brancos;
- Estudo da historia negra no Brasil, desde sua chegada, para o trabalho escravo, até os dias atuais.
- Filmes que estimulem discussão sobre o assunto;
- Entrevistas com profissionais afrodescendentes;
- Criação de uma campanha publicitária contra o racismo;
- Elaboração de cardápios.

 
7. RESULTADOS ESPERADOS

Que os alunos compreendame valorizem a contribuição dos povos indígenas, africanos e europeus para formação da cultura brasileira



8. CRONOGRAMA:

Agosto a Novembro de 2012


9. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

O processo de avaliação será contínuo, permanente e cumulativo observando-se as mudanças de comportamento ético e social dos alunos, a participação e o envolvimento no trabalho em grupo, respeito e solidariedade com que tratarão o processo social e a organização dos trabalhos os seja em sala de aula ou extraclasse sobre a cultura Afro - Brasileira.

10. CULMINÂNCIA DO PROJETO
A culminância do projeto “O Folclore Brasileiro” terá ocorrerá:
Data: 01/09/2012
Horário:
Local: Nas dependências da escola.




Anexos

Cultura do Brasil
 "A sociedade e a cultura brasileiras são conformadas como variantes da versão lusitana da tradição civilizatória européia ocidental, diferenciadas por coloridos herdados dos índios americanos e dos negros africanos. O Brasil emerge, assim, como um renovo mutante, remarcado de características próprias, mas atado genesicamente à matriz portuguesa, cujas potencialidades insuspeitadas de ser e de crescer só aqui se realizariam plenamente. "

O Povo Brasileiro, Darcy Ribeiro

O POVO BRASILEIRO
Os brasileiros formam uma nacionalidade ligada de forma indissociável ao Estado brasileiro, ou seja, a característica fundamental de um brasileiro é sua ligação com a República Federativa do Brasil. Como é característica dos países do Novo Mundo, os brasileiros não forma um grupo étnico homogêneo, portanto não existindo, na antropologia tradicional, uma etnia brasileira. Um brasileiro pode ser também uma pessoa nascida em outro país de um pai brasileiro ou um estrangeiro morando no Brasil, que solicitou a cidadania brasileira.
No período que se seguiu à descoberta do território brasileiro por Portugal, durante boa parte do século XVI, o vocábulo "brasileiro" foi dado aos comerciantes portugueses de pau-brasil, designando exclusivamente o nome de tal profissão, visto que os habitantes da terra eram, na sua maioria, índios, ou portugueses nascidos em Portugal, ou no território agora denominado Brasil. No entanto, desde muito antes da independência do Brasil, em 1822, tanto no Brasil como em Portugal, já era comum se atribuir o gentílico "brasileiro" a uma pessoa, normalmente de clara ascendência portuguesa, residente ou cuja família residia no Brasil colônia (1530-1815), pertencente ao Império Português. Durante a vigência do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815-1822), no entanto, houve confusões quanto à nomenclatura.

 
O que é Folclore
Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem à festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.
As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.
Os mitos são narrativos que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.
Algumas lendas, mitos e contos folclóricos do Brasil:
Boitatá
Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem
indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".
Boto
Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.
Curupira
Assim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.
Lobisomem
Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.
Mãe-D'água
Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água : a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.
Corpo-seco
É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.
Pisadeira
É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.
Mula-sem-cabeça
Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.
Mãe-de-ouro
Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.
Saci-Pererê
O saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.

Curiosidades:
- É comemorado com eventos e festas, no dia 22 de Agosto, aqui no Brasil, o Dia do Folclore.
- Em 2005, foi criado do Dia do Saci, que deve ser comemorado em 31 de outubro. Festas folclóricas ocorrem nesta data em homenagem a este personagem. A data, recém criada, concorre com a forte influência norte-americana em nossa cultura, representada pela festa do Halloween - Dia das Bruxas.
- A palavra folclore é de origem inglesa. A termo "folk", em inglês, significa povo, enquanto "lore" significa cultura.
- Muitas festas populares, que ocorrem no mês de Agosto, possuem temas folclóricos como destaque e também fazem parte da cultura popular.


A palavra Folclore, segundo o dicionário significa conjunto das tradições, conhecimentos ou crenças populares expressas em provérbios, contos ou canções. ( veja mais no Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, Editora Nova Fronteira)

Folclore é tudo que simboliza os hábitos do povo, que foram conservados através do tempo, como conhecimento passado de geração em geração, por meio de lendas, canções, mitos, hábitos (incluindo comidas e festas) , utensílios, brincadeiras, enfeites.

Para conhecermos a história de um povo, de um país ou de uma região do país é importante que conheçamos a sua cultura, suas tradições, ou seja o seu folclore. O folclore é também uma forma de manifestação cultural dos povos.

No Brasil o folclore recebe influências determinantes dos povos que aqui já habitavam como os índios, e os que vieram depois como os negros e os brancos.

Desde 1965 , no Brasil, temos um dia oficial para comemoramos as nossas tradições folclóricas: o dia 22 de agosto é o dia do folclore.

Fazem parte do nosso folclore as canções de ninar que são passadas de pais para filhos, cantigas de roda, brincadeiras, jogos, lendas e mitos, superstições, artes. Além disso, as danças típicas das regiões e as festas típicas como a Festa do Boi (do Boi-bumbá ou Bumba-meu-boi que recebe outros nomes dependendo do estado) as festas juninas, Carnaval, o Maracatu entre outras são todas manifestações do nosso folclore.
Os utensílios usados por nossos antepassados (brancos, negros e índios) para caça, pesca , artesanato e outros, tudo faz parte do folclore.

Folclore é cultura e quem estuda as tradições folclóricas de um povo estuda a sua história. Alguns estudiosos consagrados das tradições folclóricas do nosso país foram: Luís da Câmara Cascudo, Jerusa Pires Ferreira e Veríssimo de Melo.

O autor Monteiro Lobato por meio das suas obras também ajudou a propagar lendas e mitos do Brasil.
O Brasil é um país muito grande, por isso cada região do país tem sua tradição folclórica. Algumas vezes o que muda é o nome de uma determinada festa, lenda ou outra tradição, outras vezes uma festa é mais tradicional em uma região do que em outra, assim como comida, música e danças.
Na Região Sul- Temos as danças típicas conhecidas como congada, chula, entre outras.
Algumas das festas tradicionais desta região são: a festa de Nossa Senhora dos Navegadores; a festa da uva, festa da cerveja, Além das festas juninas e outras que são tradicionais em todo o país.
As lendas mais conhecidas nesta região são: O Negrinho do Pastoreio, O Boitatá, O Curupira, O Saci-pererê, entre outras.
 
Brincadeiras do Folclore Brasileiro
O folclore brasileiro e as brincadeiras que fazem parte dele. Confira as principais brincadeiras e como elas são feitas, com o objetivo de divertir toda criançada.
Nosso país é marcado por diversas influências, mas é caracterizado por possuir tradições próprias e histórias que fazem parte da imaginação de todos os brasileiros. Uma das características do nosso país é o folclore, uma reunião de histórias que mexem com a cabeça de todos que as conhece.
Sobre o Folclore
O folclore pode ser definido como um conjunto de lendas que surgiram a partir de relatos da população de diversos estados brasileiros. O folclore além das lendas, também é caracterizado pelas inúmeras brincadeiras que são responsáveis por divertir não só as crianças, mas muitos adultos também.

Principais Brincadeiras
Soltar pipa
Essa brincadeira é uma das brincadeiras mais antigas já conhecidas. É uma brincadeira bastante atual ainda e que se caracteriza pelo ato de confeccionar uma pipa com linha, madeira e papel e colocá-la para voar, tendo somente o vento como recurso. É uma das brincadeiras prediletas dos meninos, pois com a pipa eles podem fazer malabarismos e direciona-las no céu.
Esconde-Esconde
O esconde-esconde também é uma das brincadeiras mais conhecidas e antigas do mundo. Muitas pessoas podem brincar e se divertir ao mesmo tempo. A brincadeira consiste em escolher uma criança para que conte até um determinado número enquanto as outras crianças se escondem do contador. Após chegar ao número determinado, a criança que estava contando terá que achar as outras crianças, até encontrar todas. É uma brincadeira muito divertida e extremamente saudável.

Pega-pega
Pega-pega é juntamente com o esconde-esconde uma das brincadeiras mais antigas e divertidas que se mantém até os dias de hoje. É uma brincadeira aonde muitas crianças podem brincar juntas. A brincadeira começa quando se escolhe uma das crianças para ser o pegador. Feito a escolha, essa criança terá como objetivo pegar as outras crianças. Uma vez que uma criança é tocada, o pegador passa a ser ela. É uma brincadeira que exige muita força e agilidade das crianças.
Estilingue
O estilingue é um objeto feito com madeira e borracha. Muitos meninos brincam com o estilingue com uma pedra, tendo como objetivo acertar alguns alvos como pilha de latas, garrafas de plástico, entre outros. É importante ressaltar que o estilingue não deve ser usado contra as pessoas e nem contra animais.
Bola de gude
É uma brincadeira mais jogada por meninos, mas algumas meninas também gostam. É uma brincadeira que é feita com diversas bolinhas de vidro coloridas. Cada criança possui uma quantidade específica de bolinhas e possuem como objetivo atingir as bolinhas dos seus colegas, acumulando pontos ou ganhando as próprias bolinhas dos adversários.
Boneca de pano
Brincar com boneca de pano é algo que as meninas adoram. Muitas meninas esperam ganhar aquela boneca de pano feito pela sua mãe ou pela sua avó, para que possam brincar de casinha ou de outras coisas. É também uma brincadeira muito antiga que encanta as meninas até os dias de hoje.
Pião
O pião é um brinquedo feito de madeira que é usado para rodas através de um barbante. É uma das brincadeiras mais antigas já vistas e que ainda faz grande sucesso por diversas regiões do país. O pião quando é soltado através do barbante ao seu redor, gira com bastante velocidade e muitos meninos conseguem maravilhosos malabarismos com ele.
Mito ou Lenda?


Lendas são narrativas transmitidas oralmente pelas pessoas com o objetivo de explicar acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Para isso há uma mistura de fatos reais com imaginários. Misturam a história e a fantasia. As lendas vão sendo contadas ao longo do tempo e modificadas através da imaginação do povo. Ao se tornarem conhecidas, são registradas na linguagem escrita. Do latim legenda (aquilo que deve ser lido), as lendas inicialmente contavam histórias de santos, mas ao longo do tempo o conceito se transformou em histórias que falam sobre a tradição de um povo e que fazem parte de sua cultura.
Características de uma Lenda:
- Se utiliza da fantasia ou ficção, misturando-as com a realidade dos fatos.
- Faz parte da tradição oral, e vem sendo contada através dos tempos.
- Usam fatos reais e históricos para dar suporte às histórias, mas junto com eles envolvem a imaginação para “aumentar um ponto” na realidade.
- Fazem parte da realidade cultural de todos os povos.
- Assim como os mitos, fornecem explicações aos fatos que não são explicáveis pela ciência ou pela lógica. Essas explicações, porém, são mais facilmente aceitas, pois apesar de serem fruto da imaginação não são necessariamente sobrenaturais ou fantásticas.
- Sofrem alterações ao longo do tempo, por serem repassadas oralmente e receberem a impressão e interpretação daqueles que a propagam.
Mitos, por sua vez, são narrativas utilizadas pelos povos antigos para explicar fatos da realidade e fenômenos da natureza que não eram compreendidos por eles. Os mitos se utilizam de muita simbologia, personagens sobrenaturais, deuses e heróis. Todos estes componentes são misturados a fatos reais, características humanas e pessoas que realmente existiram. Um dos objetivos do mito é transmitir conhecimento e explicar fatos que a ciência ainda não havia explicado.
Características de um mito:
- Tem caráter explicativo ou simbólico.
- Relaciona-se com uma data ou com uma religião.
- Procura explicar as origens do mundo e do homem por meio de personagens sobrenaturais como deuses ou semi-deuses.
- Ao contrário da explicação filosófica, que se utiliza da argumentação lógica para explicar a realidade, o mito explica a realidade através de suas histórias sagradas, que não possuem nenhum tipo de embasamento para serem aceitas como verdades.
- Alguns acontecimentos históricos podem se tornar mitos, desde que as pessoas de determinada cultura agreguem uma simbologia que tornem o fato relevante para as suas vidas.
- Todas as culturas possuem seus mitos. Alguns assuntos, como a criação do mundo, são bases para vários mitos diferentes.
- Mito não é o mesmo que fábula, conto de fadas ou lenda.
Alguns Mitos e Lendas Brasileiros

Bruxa: Figura carimbada nas histórias infantis, é uma velha de nariz e queixo grandes, com cabelos brancos e assanhados, vestida sempre de preto. Segundo a lenda, ela entra nas casas para carregar crianças que não querem dormir. Muitas vezes é confundida com a Cuca ou com outras personagens noturnas que desempenham o mesmo papel.
Cuca: Segundo a lenda, carrega as crianças inquietas, que não querem dormir ou que falam muito dentro de um saco e some imediatamente. A sua aparência é quase a mesma da bruxa, velha, cabelos brancos e enrugada. É um personagem criado no Brasil e está constantemente presente em cantigas de ninar.
Saci Pererê: Garoto negro de uma perna só possui poderes mágicos através de seu gorro vermelho e se aproveita deles para fazer muitas travessuras com as pessoas que vivem ou passam pela mata. Caracteriza-se por usar sempre um cachimbo.
Mula-sem-cabeça: é a história de uma mulher que teve um romance com um padre e recebeu um castigo: todas as noites de quinta-feira, é transformada em um animal e sai galopando e soltando fogo pelas narinas.
Curupira ou Caipora: É a lenda de um anão que tem os pés virados para trás. Protege as matas e os animais. Algumas pessoas acreditam que ele é o responsável pelo desaparecimento de algumas pessoas nas matas brasileiras.
Mãe-d’água ou Iara: A palavra Iara/Yara é de origem indígena e significa “aquela que mora nas águas”. Provavelmente foi gerada na mitologia através do mito da Sereia. É uma mulher metade peixe metade humana, que atrai os homens com seu belo canto e os leva para os rios onde vive, no norte do país. Os homens que conseguem voltar de lá ficam loucos, e o encanto só é quebrado através do feitiço de um pajé.
Mãe-de-ouro: é a lenda de uma bola de fogo que indica onde se encontra o ouro. É conhecida também como uma mulher que vive nas cavernas e que atrai os homens casados.
Boitatá: Conta a lenda que foi uma cobra sobrevivente de um dilúvio que cobriu toda a terra. Por causa disso ele se escondeu em um buraco e seus olhos cresceram. Desde então, anda pelas madrugadas perseguindo viajantes noturnos e procurando restos de animais. Também conhecido como “fogo que corre” o mito do boitatá é de origem indígena e consiste na história de uma cobra de fogo que protege a natureza, perseguindo aqueles que a desrespeitam e até matando-os.
Lobisomem: Este mito não é exclusivamente brasileiro. Conta a história de um homem que por algum motivo foi mordido por um lobo e ao invés de morrer adquiriu a capacidade de transformar-se em um ser monstruoso, com características de lobo e de homem, e que ataca as pessoas nas noites de lua cheia. Há uma outra história a respeito do lobisomem: seria uma maldição para o sétimo filho de uma mesma mulher. Aos 13 anos ele começaria a se transformar no tal monstro e o encanto só se quebra quando alguém se aproximar dele sem que ele veja bater na cabeça do monstro.
Pisadeira: A lenda de uma velha que aparece durante a noite e pisa na barriga das pessoas que dormiram de estômago cheio, provocando nelas falta de ar.

 

·         Caipora
·         Boi tatá
·         Mula sem cabeça
·         Iara
·         Cobra grande
·         Vitória Régia
·         Saci Pererê
·         Negrinho do pastoreio
·         Papa figo




Algumas Lendas do Folclore


Justificativa:
Propiciar as crianças conhecer algumas brincadeiras folclóricas tradicionais, buscando nas brincadeiras a dimensão do aprender brincando.
Objetivo específico:
Estabelecer algumas relações entre o modo de vida característico de seu grupo social e de outros grupos, identificar e compreender a sua pertinência aos diversos grupos dos quais participam, respeitando suas regras básicas de convívio social e a diversidade que os compõe.
Objetivos Gerais:
-Identificar e valorizar o folclore brasileiro;
-Resgatar brincadeiras folclóricas;
-Estimular e desenvolver o gosto pela música e danças da cultura popular.
-Vivenciar, a partir de jogos e brincadeiras, laços de companheirismo e vínculos afetivos;
-Desenvolver a organização e autonomia para o trabalho individual, em dupla e grupos.
-Sistematizar os conhecimentos sobre folclore
Conteúdos:
-Possibilitar à criança conhecer e comparar os diferentes grupos sociais e as suas diferenciações, suas tradições históricas.
-Interessa-se e demonstrar curiosidade pelo mundo social e natural elaborando hipóteses, formulando perguntas, imaginando soluções para compreendê-lo, manifestando opiniões próprias sobre os acontecimentos, buscando e consultando diferentes formas de informações acompanhando experiências e confrontando idéias.
-Participação em atividades que envolvam histórias, brincadeiras, jogos e canções que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e de outras.
Metodologia:
-Selecionar com as cças uma música e uma dança folclórica para realizar apresentação;
-Contar histórias diversas, lendas, parlendas, sobre folclore;
-Explorar as histórias, emitando personagens, sons, falas, etc, (Saci Pererê, Boitatá, Boto, Caipora, Cuca, Curupira,Iara, Lobisomem, Mantintapereira, Mula-sem-cabeça, Negrinho do Pastoreio, etc.
-Explorar as historias a partir de recursos como teatro de vara, fantoche, historias em quadrinhos historia com interferência, trabalhando com quantidade, vogais, noite e dia, partes do corpo, textura, cores.
-Trava língua, Provérbios
-Construir mural;
-Comparar os personagens das histórias, local, tempo, diferenças, semelhanças, forma, tamanho, cores, etc..
-Surpreender as crianças com cartas ou bilhetes do Saci-Pererê,
-Escolher com as crianças algumas brincadeiras folclóricas para serem realizadas ao longo do projeto; (que envolvam contagem, sons diferentes, etc…)
-Realizar uma oficina de confecção de Pipa;
-Construir pés de latas para brincadeiras;
-Fazer cachimbo do Saci Pererê com massa de modelar ou argila
-Realizar tarde de danças e brincadeiras
BILBOQUE DE BOLITAS
Materiais: Duas garrafas pet, cinco bolitas, tesoura e fita adesiva.
COMO FAZER:1. Corte uma garrafa ao meio, 2. Introduza as bolitas na garrafa não cortada, 3. Una as garrafas com fita adesiva, colocando a parte inferior da garrafa cortada sobre a garrafa inteira.
PETECA
MATERIAIS: Um saco de salgadinho vazio, tesoura, jornal e 20 cm de elástico.
COMO FAZER:1. Faça uma bola de jornal tamanho pequeno, 2. Introduza a bola de jornal no saco de salgadinho, 3. Amarre o elástico procurando deixar a base arredondada. 4. Picotar a parte superior do saco (como um penacho).
BOLA DE MEIA
MATERIAIS: Um pé de meia (nylon), jornal e tesoura.
COMO FAZER:1. Faça uma bola de jornal, 2. Introduza no pé de meia, 3. Procure dar formas arredondadas à bolinha, 4. Dê um nó próximo à bolinha, 5. Corte o excesso.

Quando e onde apareceu a palavra Folclore?
Fonte: Folclore Brasileiro

No dia 22 de agosto de 1846, em Londres, foi criada pelo arqueólogo inglês, William John Thoms que a propôs à revista ‘The Atheneum’, para designar os registros dos cantos, das narrativas, dos costumes e usos dos tempos antigos. Thoms escolheu duas velhas raízes saxônicas: ‘Folk’, que significa povo, e ‘Lore’, saber formando assim ‘Folk-lore’, sabedoria do povo.
Com o decorrer do tempo, as duas palavras foram grafadas sem o hífen, formando uma só: Folklore, como foi usada no Brasil, até que a reforma ortográfica suprimiu a letra ‘K’, substituída, no caso, pela letra ‘C’, derivando a forma Folclore.
O que é o povo?

A palavra povo, que usamos a toda hora, precisa ser bem compreendida, pois tem diversos sentidos, de que salientaremos os principais:
Povo é a gente que, embora, de várias raças, possui um modo de vida comum e habita um mesmo território. Confunde-se com a idéia de nação. Assim nós falamos do povo brasileiro, do povo francês ou do povo alemão. Assim dizemos que os deputados são os representantes do povo. Povo pode ser também uma aglomeração de gente, quando se diz que havia muito povo numa festa ou numa manifestação.
E, por fim, povo é a gente que pertence às camadas menos favorecidas, econômica, social e culturalmente, da sociedade, por exemplo, quando se diz que o povo fala errado. Neste último sentido, é que entendemos povo (em inglês folk) na concepção do folclore, a sabedoria do povo.
E a expressão se usa também para indicar os grupos em estado mais simples e natural, de vida rudimentar. Os nossos índios, por exemplo. Também estes nos interessam, pois muitos autores os fazem portadores de Folclore.
O que é sabedoria do povo?

É tudo quanto o povo faz, pensa e sente.
É a cultura do povo, cultura de folk, variável em suas manifestações conforme a herança de conhecimentos transmitida pelas gerações anteriores.
É o comportamento, a atitude do homem diante de um fato, de uma pessoa, de um animal.
Esse comportamento resulta de um conjunto de crenças e práticas que se ligam às atividades, às técnicas, às normas sociais.
Qual é o conteúdo da sabedoria do povo?
O Folclore, sendo a sabedoria do povo, a cultura do povo, abrange todos os campos da vida humana, incluindo seus mitos e lendas, suas estórias, parlendas, adivinhas e provérbios, seus contos e encantamentos, suas juras, pregões, xingamentos e gestos, e também suas danças, seus teatros, suas artes, seus instrumentos e cantigas, suas festas tradicionais, suas crenças e crendices, sua magia, seus tabus e superstições, sua medicina, seus rezadores e benzedores, suas trovas, desafios e romances, suas orações, seus brinquedos e seus jogos, suas técnicas populares, suas rendas, bordados, trançados e cestarias, e sua cozinha.
Onde está o Folclore?

Está e se desenvolve entre o povo e nas sociedades naturais, como entre índios, esquimós, pigmeus, aborígines. Mas não permanece nesses meios, sobe também A sociedade, influi nas camadas eruditas e ainda se projeta, como inspiração, nas letras e nas artes.
Como influência do Folclore nas camadas eruditas, podemos citar, dentre outras manifestações, as superstições (pessoais ou de classes, como as dos jogadores – de futebol e de carta – motoristas. aviadores, etc.), ora praticadas publicamente, ora em reserva. Entre as que não impõe qualquer pejo ao portador, destacamos o horror ao número 13, às sextas-feiras, ao gato preto, à coruja, o bater em madeira quando nomeadas certas pessoas que acredita dêem azar, fazer figa contra mau-olhado, entrar com o pé direito na sala de aula em dia de exame, em avião, etc. Afora as superstições, que são incontáveis, vicejam francamente na sociedade práticas religiosas de cunho fetichista (homenagens à Iemanjá, doces de São Cosme e Damião e uso intensivo de talismãs e amuletos).
Como fonte inspiradora, têm o Folclore vivificado obras literárias e artísticas. O movimento da revalorização da cultura popular teve início no começo do século passado, com o romantismo, e, assim, velhos temas musicais motivaram sinfonias e concertos, e as estórias, ou usos e costumes, incorporados a romances e ensaios. Além do emprego desses contos e melodias na literatura e na música, os estudiosos pesquisaram as suas raízes, os caminhos e meios de transmissão, chegando, por vezes, a marcar como seus antepassados raças muito antigas e já hoje extintas.
No Brasil, o aproveitamento do Folclore começou no século passado em obras de José de Alencar e Gonçalves Dias, na música de Alexandre Levy e Alberto Napomuceno, que brilhantes nomes do século XX iriam continuar. Também as artes plásticas, o teatro e cinema se voltam para essa fonte de beleza inesgotável.
Como saber se um fato é folclore?

O fato folclórico tem uma série de características próprias:
A) A primeira é o anonimato, isto é, não tem autor conhecido. Naturalmente tudo tem um autor, foi feito por alguém, pela primeira vez, mas o nome desse alguém, desse autor, se perdeu através dos tempos, despersonalizando-se, assim, a autoria. A estória de Dona Baratinha que se considerou muito rica ao encontrar um vintém e, por isso, saiu à procura de quem com ela desejasse casar-se – nos parece, pelos seus elementos, essencialmente brasileira, pois o noivo é o nosso conhecido João Ratão, que no dia do casório, por gula, morre num caldeirão que continha nossa feijoada. Mas já havia sido registrada em uma coleção de estórias da Índia, há quase dois mil anos. Quem foi seu autor? Ninguém sabe. E quem inventou os brinquedos de roda com suas cantigas, as danças, as adivinhas, as trovas, os ditados? Quem disse, pela primeira vez: quem quer vai, quem não quer manda?
B) A segunda característica é a aceitação coletiva, é a aceitação do fato pelo povo e é essa aceitação que despersonaliza o autor. O povo, aceitando o fato, toma-o para si, considerando-o como seu, e o modifica e o transforma, dando origem a inúmeras variantes. Assim, uma estória é contada de várias maneiras, uma cantiga tem trechos diferentes na melodia, os acontecimentos são alterados e o próprio povo diz: “Quem conta um conto acrescenta um ponto”. A mesma coisa acontece com as danças, os teatros, a técnica. Tudo pode ser modificado, porque o povo dança, mas suas danças não têm regulamento, não são codificadas, tanto pode o conjunto de dançadores dar três voltas como apenas uma, a indumentária tanto pode ser rica e colorida como simples e ingênua. Há, contudo, uma certa estrutura que determina aquela dança, aquela estória, aquela indumentária, aquela cerâmica e as modificações não invalidam o modelo.
C) A terceira característica é a transmissão oral, isto é, a que se faz de boca em boca, pois os antigos não dispunham de outros meios de comunicação. Não havia imprensa, não havia, portanto, nem livros, nem jornais, todos os conhecimentos eram transmitidos oralmente. Essa forma de transmissão, a oral, ainda persiste em meios primitivos e no interior de nosso país, nos povoados distantes, nas vilazinhas esquecidas, nos bairros longínquos. Só se aprende, nessas circunstâncias, por ouvir dizer e, no que se refere à técnica, feitura de aparelhos rudimentares, de rendas, de trançados, se aprende também por imitação, dispensado, muitas vezes, o ensinamento oral.
Na transmissão oral vive toda a história daquele grupo, daquele povo, e, em qualquer das modalidades particulares (lendas, contos com preceitos morais e normas de procedimento, narrativas imaginosas sobre a natureza e o sobrenatural, cantos, provérbios, parlendas, adivinhas, brinquedos, poesia, etc.) em conexão com o objetivo, facilita a apreensão e a conservação. A aquisição do conhecimento dá a cada qual a possibilidade de difundi-lo, de propagá-lo, cabendo, evidentemente, aos bem dotados, a responsabilidade maior nas cantorias, nas danças e nas técnicas, que se fixam pela prática freqüente, comunicação do exemplo e imitação espontânea.
D) A quarta característica é a tradicionalidade, não no sentido de um tradicional acabado, perimido, coisa passada, sem vida, mas de uma força de coesão interna que define o modelo do conglomerado, da região, do povo, e lhe dá uma unidade. Sem se poderem valer de outros expedientes, como professores, escolas, imprensa, as pessoas do povo se valem da tradição, veiculada pela transmissão oral, a fim de resolver suas situações, buscando na lição vinda do passado o que precisam saber no presente, já que suas possibilidades as endereçam mais A sabedoria constituída que à inventiva. A tradição, que é o modo vivo e atual pelo qual se transmitem os conhecimentos, não ensinados na escola, rege todo o saber popular, seja o desenvolvimento de um jogo, de uma dança, de uma técnica, seja uma atitude ante qualquer agente que exija definição de comportamento.
Essa força, que age no sentido de garantir a permanência dos valores de uma cultura, não segue seu destino nem cumpre sua missão sem lutas e empecilhos. Elementos de outras culturas a submetem a pressão, e isto provém de não ser absolutamente fechado o campo da cultura, antes, é um campo aberto onde se agitam as influências do próprio meio e as externas. Somente a inércia poderá retardar essas modificações, mas a cultura é viva, é dinâmica, e sofre evidentemente, impacto em todos os setores.
E) A quinta característica é a funcionalidade. Tudo quanto o povo faz tem uma razão, um destino, uma função. O povo nada realiza sem motivo, sem determinante estritamente ligada a um comportamento, a uma norma psico-religiosa-social, cujas origens talvez se perderam nos tempos. A dança, por exemplo, não é apenas uma repetição de gestos com feição harmoniosa.
Inicialmente teria tido um destino, seja decorrente de rito religioso, seja de cerimônia do grupo, e, assim, deve ser vista como pane de um todo, da cultura do povo, é uma expressão a ser analisada como integrante de um contexto.
Por que o povo canta? Canta para rezar, canta para adormecer a criança, canta para trabalhar, canta para festejar as colheitas e os acontecimentos, canta para ajudar a morrer e para enterrar seus mortos. Mas não dão concertos, recitais, audições como os eruditos; as suas festas têm épocas marcadas, com seus cantos e danças próprias. Assim, o Natal é comemorado com grupos de Pastorinhas, Bailes Pastoris e Folias de Reis; o Bumba-meu-boi aparece em datas distintas, variando conforme a região; Congadas e Moçambiques louvam a Senhora do Rosário e São Benedito, e ainda as Danças de São Gonçalo e de Santa Cruz, com destino certo.
Devemos estudar o folclore?

Sim, o estudo do Folclore é o estudo da própria alma de um país, é o estudo do modo de ser da gente do povo, das suas maneiras de pensar, de agir e de sentir, é o estudo da feição nacional nas suas bases mais profundas e mais características. É a cultura de folk, é a mentalidade do povo, é a lição que nos vêm transmitida através das gerações, como todo saber empírico das gentes humildes que lastreiam a formação da nacionalidade, para a qual, no Brasil, contribuíram portugueses, índios e negros, cada um com seus usos, práticas e costumes.
Essa sabedoria não é uniforme, não é igual em todo o território, variando de um Estado para outro, pois sofre o impacto das heranças étnicas (As quais se juntam as contribuições de outras raças vindas com as correntes imigratórias) e das influências do meio, consideradas as exigências que as condições fisiográficas impõem ao homem, imprimindo normas e práticas indispensáveis à sua sobrevivência. Variam, assim, os modos de ser das gentes da beira-mar, do planalto, da montanha e do sertão, quer nos tipos de moradia, de alimentação, de técnica, quer na feição espiritual. Não se viverá ao sul do país com o temor do boto, nem ao centro sob o encanto da sereia, nem na praia se cultuará o Rei da Mata. O lavrador se cercará de crendices e superstições para o bom êxito de suas lavouras, outras serão as do pescador, do boiadeiro, do tropeiro, do garimpeiro.
Se não conhecemos a mentalidade do povo, toda reforma ou regulamentação em qualquer setor da vida humana será vazia e sem possibilidade de êxito. No campo da medicina, da religião, da agricultura, da técnica, ou em qualquer outro, a sementeira germinará se anteriormente o terreno foi estudado, conhecido, preparado.
Posição do folclore como ciência.
Não sendo esta mesa redonda destinada exclusivamente a especialistas, mas, ao contrário, aberta a todos quantos desejarem dialogar conosco sobre Cultura Popular, parece-nos que a primeira tarefa a enfrentar será colocar os problemas nos seus devidos lugares. Arrumar as idéias. Porque, na verdade, há um grande equivoco nacional em torno do que seja folclore, sua importância, utilidade, e posição como ciência.
Pensamos que, só assim, partindo de uma base objetiva e fecunda, será possível atingirmos entendimento maior sobre alguns aspectos que vão ser hoje aqui debatidos e examinados.
A velha palavra Folk-lore, que William John Thoms criou no século passado para designar o estudo das antiguidades populares, desgastou-se, corrompeu-se, adulterou-se através do tempo e do espaço. No Brasil, principalmente, a palavra folclore prostituiu-se. Isto é, chegou ao fim de sua vida mundana e inconseqüente.
Folclore, para a grande maioria brasileira, inclusive intelectuais de outras áreas de estudo, é hoje sinônimo de curiosidade, passatempo, coisa pitoresca, banalidade, sem-vergonhice. E essa distorção se justifica, de certa forma, por se falar demais sobre vários aspectos da cultura popular e muito pouco sobre folclore como ciência. Observe a nossa imprensa sensacionalista, a televisão, o rádio e o cinema. Todo mundo faz folclore. Todo mundo é folclorista. L. C. Cascudo passou cinqüenta anos estudando e escrevendo livros para ser chamado de folclorista. Entretanto, qualquer jovem que saiba acompanhar modinhas ao violão e recitar poemas matutos já se considera folclorista.
Cremos que compete aos professores, aos especialistas, aos estudiosos responsáveis desencadear uma campanha de esclarecimento sobre a importância do folclore como ciência. E é nesse sentido a nossa modesta exposição de hoje.
Não se discute mais que a posição do Folclore, como ciência, é na grande árvore da Antropologia – a ciência do Homem e da Cultura. Mais precisamente naquele ramo da Antropologia que estuda as criações humanas, isto é, a Cultura. Por isso, a sua posição exata é ao lado de outros aspectos da Antropologia Cultural, como a Arqueologia, a Antropologia Social, a Lingüística etc. É assim que Clayde Kluckhohn situa o Folclore, embora o restringindo à coleta e análise dos dramas, músicas e lendas populares. Seu campo, todavia, é bem mais vasto, atingindo toda a massa de conhecimento que recebemos oralmente dos nossos antepassados.
Dizia um escritor, com toda propriedade, que uma parte de nós mesmos vive na idade moderna, enquanto a outra parte vive nos tempos medievais ou mesmo grego. Com isso, ele queria significar que todos nós carregamos um acervo imenso de conhecimentos, costumes, usos, idéias legados pelos antigos, desde os elos mais remotos da vida humana. E é a esse acervo que chamamos de Folclore, embora outros autores prefiram a denominação de Cultura Popular.
Todavia, se o Folclore é um ramo da Antropologia, o seu estudo tem de estar ligado rigorosamente à etnia brasileira e à formação de nossa cultura. Sem o seguro conhecimento da formação do homem e da cultura portuguesa, por exemplo, não se pode entender a cultura brasileira. Como igualmente não se entende o folclore brasileiro sem o estudo dos povos sudaneses e bantos. E nem a contribuição indígena à nossa cultura sem os fundamentos da indiologia americana e brasileira.
O folclore do norte e do nordeste brasileiro, por exemplo, só se explica através da contribuição destes três elementos: o português, o negro e o índio. Como no sul do País, sem o conhecimento desses mesmos grupos e, mais, dos colonizadores italianos, alemães, japoneses, sírio-libaneses e outros, nada se pode entender do folclore brasileiro naquela área.
Vejam então como é complexo o problema: A cultura popular está diretamente vinculada ao estudo profundo da cultura de todos esses elementos formadores de nossa nacionalidade.
Dai a conclusão a que desejamos chegar e para a qual chamamos a atenção dos estudiosos presentes: Ninguém pode ser considerado folclorista sem ter tido antes uma rigorosa formação como antropólogo cultural. O folclore é uma especialização dentro do vasto campo da Antropologia. Não se entenderia, por exemplo, que alguém se intitulasse oftalmologista sem ter antes se formado em Medicina.
No dia em que os homens responsáveis chegarem a um entendimento maior, a cultura popular brasileira será encarada com muito maior seriedade e os folcloristas de rádio e TV serão banidos para sempre. Amém!
Como pode o folclore ser utilizado na escola?

Muitas ciências e disciplinas e artes estão intensamente ligadas ao Folclore, e, assim, a escola primária dele pode e deve servir-se, como excelente meio de transmissão de conhecimentos, ao mesmo tempo em que revelador da cultura do povo.
A sua maior aplicação será no setor de Linguagem oral e escrita, com a amplitude dos contos, nos objetivos éticos, morais e estéticos a serem por meio deles atingidos. A Criança é conduzida a um mundo de fantasias, no qual o espírito repousa e se encanta. O conto é um veiculo educativo, usado nas mais antigas civilizações e do mesmo modo entre os povos naturais, para realce dos feitos dos seus heróis e das virtudes de seus antepassados. Os provérbios, que representam uma condensação de sabedoria, as adivinhas, que são testes de conhecimentos, as parlendas, os jogos, os brinquedos, recreiam, estimulam as relações sociais e reafirmam a unidade grupal.
Na História do Brasil, na Geografia e nas Ciências, as lendas relativas à escravidão, mineração, bandeiras, heróis, os tipos brasileiros e seus traços culturais, os ambientes em que vivem, as serras e lagoas e mares com seus mitos, animais, vegetais e minerais.
Em Matemática, inúmeras fórmulas e outras contribuições, em parlendas ou poesias e jogos; no Desenho, Trabalhos Manuais, Artes e Artesanatos, o uso do material local, com revalorização de seus usos e seus motivos típicos ornamentais; na Música, as nossas melodias, ritmo e instrumentos; ainda a dança e o teatro, com apresentações da beleza que possuímos nesses campos.
O aproveitamento do Folclore no ensino fundamental é das mais válidas contribuições, pela intenção formativa e pelo caráter de nacionalidade que imprime.
No ensino médio e no secundário, passa o Folclore ao plano informativo, numa prospecção profunda da cultura, que levará à conclusão consciente de que “toda cultura tem uma dignidade e um valor que devem ser respeitados e protegidos; em sua fecunda variedade, em sua diversidade e pela influência recíproca que exercem uma sobre as outras, todas as culturas fazem pane do patrimônio comum da humanidade”.
Na Universidade, o Folclore deve ser estudado como disciplina autônoma, através de suas implicações antropológicas, sociais, psicológicas e estéticas, para o conhecimento, e profundidade, da cultura popular.
No Brasil, é antiga a lição do aproveitamento do Folclore no ensino. Já nas primeiras décadas de nossa vida, os jesuítas o aplicaram com extrema sabedoria na catequese, utilizando as danças e os cantos indígenas, e encenando seus autos. Anchieta, nosso primeiro mestre, nos legou esse exemplo, nos campos de Piratininga.
Provérbios

Quem canta um conto lhe acrescenta um ponto’.
‘Quem diz o que quer, ouve o que não quer’.
‘Tanto morre o papa, como a que não tem capa’.
‘Filha de peixe sabe nadar’.
‘Mais fere a má palavra, que espada afiada’.
‘Amigo de bom tempo, muda-se com o vento’.
‘Homem honrado, antes morto que injuriado’.
‘Quem torto nasce, tarde ou nunca se endireita’.
‘Quem boa cama fizer, nela se deitará’.
‘A fome é a melhor cozinheira’.
‘Não há pior cego que aquele que não quer ver’.
‘De grão em grão a galinha enche a papo’.
‘Há males que vem para bem’.
‘Quando a esmola é demais o santo desconfia’.
‘Casa de ferreiro, espeto de pau’.
‘Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe’.
‘Quem desdenha quer comprar’.
‘Santo de casa não faz milagre’.
‘Deus escreve direito por linhas tortas’.
‘A corda rebenta sempre do lado mais fraco’.
‘A ocasião faz o ladrão’. ‘Cesteiro que faz um cesto faz um cento’.
‘Amor com amor se paga’.
‘Só se atiram pedras em árvores que dão fruto’.
‘Quem vê cara não vê coração’.
‘Ri o roto do esfarrapado’.
‘Cada um puxa a brasa para sua sardinha’.
‘Quem dá aos pobres empresta a Deus’.
‘Quem dá o que tem a pedir vem’.
‘Cria fama e deita-te na cama’.
‘Quem ri por último, ri melhor’.
‘Não faças aos outros o que não queres que te façam’, etc.
Antiprovérbios
A fome é a maior desgraça. (A fome é a melhor cozinheira);
De grão em grão a galinha se cansa. (De grão em grão a galinha enche o papo);
Quando a esmola é demais, o santo gosta. (Quando a esmola é demais, a santo desconfia);
Cesteiro que faz um cesto é preguiçoso. (Cesteiro que faz um cesto, faz um cento); Quem dá aos pobres cai na miséria. (Quem dá aos pobres empresta a Deus);
Quem ri por último é retardado. (Quem ri par último, ri melhor);
Quem cedo madruga, fica com sono. (Quem cedo madruga, Deus ajuda);
Após a tempestade vem os estragos. (Após a tempestade vem a bonança);
Quem o feio ama, não tem bom gosto. (Quem a feia ama, bonito lhe parece);
Mais vale um pássaro na panela que dois na mão. (Mais vale um pássaro na mão que dais voando);
Em boca fechada não entra comida. (Em boca fechada não entra mosquito).
LINGUAGEM CRIPTOLÓGICA

Linguagem do Gê
1) (gê) O (gê) ho (gê) mem (gê) é (gê) ve (gê) lho.
O homem é velho.
Linguagem do Pê
2) (pê) Deus (pê) é (pê) a (pê) ver (pê) da (pê) de.
Deus é a verdade.
Linguagem do Cê
3) (cê) Vo (cê) cê (cê) gos (cê) tou (cê) da (cê) mú (cê) si (cê) ca?
Você gostou da música?
Linguagem do Guê
4) (guê) 0 (guê) Bra (guê) sil (guê) 6 (guê) gran (guê) de.
O Brasil é grande.
Linguagem do Pô
5) (pô) O (pô) Se (pô) nhor (pô) é (pô) meu (pô) pas (pô) tor.
O Senhor é meu pastor.
Linguagem do Rê
6) (rê) Vo (rê) cê (rê) an (rê) da (rê) a (rê) pé?
Você anda a pé?
Linguagem do Bê
7) (bê) Os (bê) pá (bê) ssa (bê) ros (bê) vo (bê) am.
Os pássaros voam.
Linguagem do Tô
8) (tô) A (tô) u (tô) ni (tô) ão (to) faz (tô) a (tô) for (tô) ça.
A união faz a força.
Linguagem do Xis
9) (xis) As (xis) cri (xis) an (xis) ças (xis) são (xis) de (xis) Deus.
As crianças são de Deus.
B) Vocábulos - obstáculos, monossilábicos, colocados depois das sílabas da palavra.
Linguagem do “Guê” seguido dos sons vocálicos da sílaba precedente.
10) Vo (gô) cê (guê) é (guê) bra (gá) si (gui) lei (guei) ro (gô)?
Você é brasileiro?
Linguagem do “Pê” seguido dos sons vocálicos da sílaba precedente.
11) Vo (pô) cê (pê) es (pês) tá (pá) a (pá) le (pé) gre (pê).
Você está alegre.
Linguagem do Quê
12) Gos (quê) to (quê) do (quê) teu (quê) so (quê) rri (quê) so (quê).
Gosto do teu sorriso.
Linguagem do Pê
13) Deus (pô) é (pô) o (pô) ca (pô) mi (pô) nho (pô).
Deus é o caminho.
Linguagem do Guei
14) A (guei) la (guei) ran (guei) ja (guei) é (guei) do (guei) ce (guei).
A laranja é doce.
C) Vocábulos - obstáculos, dissilábicos, colocados antes das sílabas do palavra.
Linguagem do Faim
15) (faim) As (faim) flo (faim) res (faim) são (faim) be (faim) las.
As flores são belas.
Linguagem do Menê
16) (menê) As (menê) ro (menê) sas (menê) são (menê) per (menê) fu (menê) ma (menê) das.
As rosas são perfumadas.
Linguagem do Reguê
17) (reguê) Os (reguê) li (reguê) vros (reguê) são (reguê) no (reguê) ssos (reguê) a (regu6) mi (reguê) gos.
Os livros são nossos amigos.
Linguagem do Teco
18) (teco) Ma (teco) ca (teco) co (teco) ve (teco) lho (teco) não (teco) me (teco) te (teco) a (teco) mão (teco) em (teco) cum (teco) bu (teco) ca.
Macaco velho não mete a mão em cumbuca.
Linguagem do Geri
19) (geri) De (geri) ye (geri) mos (geri) es (geri) tu (geri) dar.
Devemos estudar.
Linguagem do Niver
20) (níver) Eu (níver) es (níver) tou (níver) ner (níver) vo (níver) so.
Eu estou nervoso.
Linguagem do Fonfom
21) (fonfom) Je (fonfom) sus (fonfom) é (fonfom) re (fonfom) a (fonfom) lis (fonfom) ta.
Jesus é realista.
D) Vocábulos – obstáculos, dissilábicos, colocados depois das sílabas da palavra.
Linguagem do Parrá, Perré, Pirri, Porró, Purru,
cujo radical será seguido dos sons vocálicos da sílaba anterior.
22) E (perrê) les (perrê) não (parrão) gos (porrós) tam (parram) de (perr6) mú (purru) si (pirri) ca (parrá).
Eles não gostam de música.
Linguagem do Candê
23) Co (candê) mo (candê) é (candê) gran (candê) de (candê) o (candê) mun (candê) do (candê).
Como é grande o mundo.
Linguagem do radical “Pep”, seguido dos sons vocálicos da sílaba antecedente.
24) Que (pepê) rer (peper) é (peper) po (popô) der (pepê).
Querer é poder.
Linguagem do Farrá, Ferré, Ferri, Forró, Furru, cujo
radical será seguido dos sons vocálicos da sílaba precedente.
25) Voz (forrós) do (forró) po (forrô) vo (forrô) é (ferré6) a (farrá) vos (forró) de (ferré) Deus (ferreus).
Voz do povo é a voz de Deus.
Linguagem do Tibum
26) Eu (tibum) te (tibum) a (tibum) mo (tibum) meu (tibum) Bra (tibum) sil (tibum).
Eu te amo meu Brasil.
Linguagem do Cuntim
27) Eu (cuntim) sou (cuntim) bra (cuntiin) si (cuntim) lei (cuntim) ro (cuntim).
Eu sou brasileiro.
Linguagem do Taraz
28) Que (taraz) ro (taraz) si (taraz) lên (taraz) cio (taraz).
Quero silêncio.
Linguagem do Faim
29) As (faim) ro (faim) sas (faim) têm (faim) es (faim) pi (faim) nhos (faim).
As rosas têm espinhos.
Linguagem do Garra
30) O (garra) do (garra) min (garra) go (garra) é (garra) di (garra) a (garra) san (garra) to (garra).
O domingo é dia santo.
E) Vocábulos - obstáculos, trissilábicos, colocados antes das sílabas da palavra.
Linguagem do Chiprocó
31) (chiprocó) A (chiprocó) mu (chiprocó) lher (chiprocó) que (chiprocó) brou (chiprocó) o (chiprocó) po (chiprocó) te.
A mulher quebrou o pote.
I) Vocábulos - obstáculos, trissilábicos, colocados depois das sílabas da palavra.
Linguagem do Pirilim
32) Ho (pirilim) je (pirilim) vou (pirilim) es (pirilim) tu (pirilim) dar (pirilim) mu (pirilim) si (pirilim) ca (pirilim).
Hoje vou estudar música.
Linguagem do Tililim
33) O (tililim) ho (tililim) mem (tililim) é (tililim) in (tililim) te (tililim) li (tililim) gen (tililim) te (tililim).
O homem é inteligente.
Linguagem do Garará, Guererê, Guiriri, Gororó, Gururu,
cujo radical será seguido dos sons vocálicos da sílaba anterior.
34) Vo (gororô) cê (guererê) vai (gararai) em (guererei) bo (gororó) ra (garará)?
Você vai embora?
Linguagem do Chaparrá
35) O (chaparrá) me (chaparrá) ni (chaparrá) no (chaparrá) es (chaparrá) tá (chaparrá) cho (chaparrá) ran (chaparrá) do (chaparrá).
O menino está chorando.
Linguagem do Xereré
36) Bem (xereré) a (xereré) ven (xereré) tu (xereré) ra (xereré) dos (xereré) os (xereré) que (xereré) cho (xereré) ram (xereré).
Bem-aventurados os que choram.
Linguagem do Gueriguel
37) O (gueriguei) sol (gueriguei) es (gueriguei) ta (gueriguei) va (gueriguei) quen (gueriguei) te (gueriguei).
O sol estava quente.
Linguagem do Filelê
38) O (filelê) sol (filelê) es (filelê) tá (filelê) mui (filelê) to (filelê) quen (filelê) te (filelê).
O sol está muito quente.
Linguagem do Paepé, Peepé, Piepé, Poepé, Puepé
39) Vo (poepé) cê (peepé) vai (paepé) ca (paepé) sar (paepé)?
Você vai casar?
Linguagem do Concrespo / Concraspo
Intercalam-se após cada sílaba da palavra, alternadamente, os vocábulos concrespo / concraspo.
40) Eu (concrespo) plan (concraspo) tei (concrespo) um (concraspo) pé (concrespo) de (concraspo) jas (concrespo) mim (concraspo).
Eu plantei um pé de jasmim.
G) Vocábulos - obstáculos, monossilábicos, colocados antes e depois das sílabas da palavra.
Linguagem do Za … Ci
41) (zá) Não (ci) (zá) gos (ci) (zá) to (ci) (zá) de (ci) (zá) do (ci) (zá) ce (ci).
Não gosto de doce.
H) Também para confundir o ouvinte, é costume intercalar entre as sílabas das palavras, uma outra palavra já existente na língua. Por exemplo: garrafa, caneca, etc.
Linguagem do Garrafa
42) O (garrafa) ho (garrafa) mem (garrafa) é (garrafa) mor (garrafa) tal (garrafa).
O homem é mortal.
Linguagem do Caneca
43) Mi (caneca) nha (caneca) ca (caneca) sa (caneca) é (caneca) gran (caneca) de (caneca).
Minha casa é grande.
I) Todas as vogais (a, e, o, u) orais e nasais são substituídas pele vogal I.
Linguagem do I
44) I criínci isti ni quirti índi dírmi.
A criança está no quarto onde durmo.
J) Pela substituição das vogais por outros elementos fonéticos:
A – ais; E – enter; I – mis; O – ômber; U – úfiter.
45) Ômber múfiter-rômber dais caiszais dômber viniszinisnhômber enter maisrrômber.
O muro da casa do vizinho é marrom.
L) Substituindo-se as vogais orais e nasais que formam sílaba com a consoante “P” pela vogal “E” que aparece nas sílabas da palavra que se quer formar.
46) E (po) me (pum) de (po) ge (pi) re (pa).
O mundo gira.
M) Pela troca de consoantes entre vogais de uma palavra. Neste caso, as palavras monossilábicas não se alteram. A permuta de consoante entre palavras dissilábicas é fácil. A maior dificuldade reside nas polissilábicas, cuja permuta deve operar-se em ordem decrescente.
47) Dope vocher gofo.
Pode chover fogo.
N) Pela lnversão das sílabas das palavras (do fim para o começo). Também, neste caso, as palavras de uma sílaba não sofrem alteração.
48) Toues domanto nhoba.
Estou tomando banho.
49) Meu mãoir vai tarma o copor.
Meu irmão vai matar o porco.
0) Pela prolação dos fonemas que entram na constituição das sílabas da palavra. Permanecem inalterados os artigos e pronomes O, A, preposição A; conjunção E; a forma verbal É (verbo ser); as interjeições AH!, EH!, IH!, OH!, (ou ó) e UH!, e as vogais que sozinhas, formam sílabas.
50) A, beór – bôr, beó – bô, leé – lê, teá – tá, é, a, zeul – zul, e, veer – ver, meê – me, lheá – lha.
A borboleta é azul e vermelha.

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